Mudam-se os tempos e mudam-se as janelas! Antigamente, segundo o que as nossas avós nos contavam, a maior parte dos namoros eram à janela. O contacto físico era quase inexistente até ao fatídico dia do casamento. As jovens apareciam grávidas... mas apenas por obra e graça do Espírito Santo (acho que as janelas nada tinham a ver com isso...) =)
Como os namoros eram à janela, havia sempre os cuscos a passar para tentarem ouvir algo (não é que agora não existam estes cuscos :)), uma avó "surda que nem uma porta" dentro de casa a guardar a jovem. Esta avó surda é que devia ser amiga do Espírito Santo... daí as surpresas! "Se não saiu da janela como é que aquilo aconteceu?" - pensariam muitos. Grande enigma ...
Onde andam as serenatas e declarações à janela …
“Quando iam aos bailes iam acompanhadas pela mãe, mas a certa altura os namorados iam pedi-las para dançar e diziam assim:
“- Tem a honra de vir dançar comigo?”
Naquele tempo não podiam namorar longe dos pais. Namoravam em casa sentados em cadeiras. As cadeiras rangiam muito para quando mexessem, os pais se aperceberem. :D”
Segundo os mais antigos os fantásticos namoros com muito romance, amor e tal (omitindo sempre a parte do que andavam a fazer aos domingos à tarde debaixo do pomar da vizinha (“fazer forninhos” – expressão algo fantástica que li hoje num artigo :P)
O namoro actualmente não é melhor nem pior do que antigamente – apenas diferente…
E já que o dia de São Valentim está aí à porta deu-me para escrever sobre isto …